segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Olhar sobre a riqueza africana

A África é o continente mais pobre do mundo. Cerca  de 1/3 dos habitantes da África vivem com menos de 1 dólar ao dia, abaixo do nível da pobreza definido pelo Banco Mundial. O avanço de epidemias, o agravamento da miséria e os conflitos armados levam esta região a um verdadeiro caos. Além disso, quase 2/3 dos portadores do vírus HIV do planeta vivem neste continente. O atraso econômico e a ausência de uma sociedade de consumo em larga escala colocam o mercado africano em segundo plano no mundo globalizado. O PIB total da África é de apenas 1% do PIB mundial e o continente que pratica apenas 2% das transações comerciais que acontecem no mundo.
Em sua maioria, os africanos são tradicionalmente agricultores e pastores. A colonização européia aumentou a demanda externa de determinados produtos agrícolas e minerais; os europeus introduziram cultivos e tecnologia e desenvolveram um sistema de economia de intercâmbio comercial, que continua existindo com a economia de subsistência.

Embora um quarto do território africano seja coberto por florestas, grande parte da madeira só tem valor como combustível. Gabão é o maior produtor de madeira usado na elaboração de compensado. Costa do Marfim, Libéria, Gana e Nigéria são os maiores exportadores de madeira de lei. A pesca marítima, que é muito difundida e voltada para o consumo local; com importância comercial no Marrocos, na Namíbia e África do Sul. A mineração representa a maior receita entre os produtos exportados. As indústrias de extração mineral são o setor mais desenvolvido em boa parte da economia africana. Além disso, Serra Leoa tem a maior reserva de titânio.

A nação mais industrializada do continente é a África do Sul, que alcançou relativa estabilidade política e desenvolvimento, possuindo sozinha 1/5 do PIB de toda África. Também foram implantados centros industriais no Zimbábue, no Egito e na Argélia. O principal bloco econômico é o SADC- Southern Africa Development Community, formado por 14 países, que se firma como pólo mais promissor do continente. 

Observando o mapa, percebe-se que a África é um continente rico o que falta fazer é deixar de explorá-lo e investir no desenvolvimento de seu povo.

As 9 Etnias da Africa


Zulu -> é o maior grupo étnico na África do Sul, sendo a sua população de mais ou menos 11 milhões de pessoas   e eram considerados como cidadãos de terceira classe durante o regime do apartheid. O atual presidente da África do Sul (Jacob Zuma) é de origem étnica Zulu.
Xhosa -> é o segundo maior grupo étnico da África do Sul, contando com personalidades como Nelson Mandela;  A população Xhosa se concentra na região da Cidade do Cabo, a qual eles chamam de iKapa.

Basotho -> Os Basothos, ou basuto, vivem na região da África do Sul desde meados do século V em clãs dispersos, contando com uma população em torno de 3.5 milhões na África do Sul .

Bapedi -> Os Northern Sotho estão espalhados pelas províncias de Gauteng, Limpopo e Mpumalanga e contam com aproximadamente 4 milhões de pessoas. A grande maioria dos Bapedi encontra-se na província de Limpopo (± 2.6 milhões), sendo praticamente 50% da população local. Na região de Johannesburg são 1.5 milhões de pessoas, enquanto que em Mpumalanga são mais 350 mil.

Venda -> A etnia Venda conta com aproximadamente 1 milhão de pessoas espalhadas entre a África do Sul e o Zimbabwe. Este povo é originário do Congo, e se especula que imigrou para a região fronteiriça entre o Zimbabwe e a África do Sul seguindo o rio Limpopo durante a fase de expansão Bantu.

Tswa na-> etnia encontrada em sua grande maioria na África do Sul, em Botswana, e em pequenas proporções no Zimbabwe e Namibia. A população de Botswana é composta pela maioria de Tswanas, mas é na África do Sul que encontra-se o maior número absoluto desta etnia.

Tsonga -> Os Tsongas são encontrados na província de Limpopo (18% )  Mpumalanga (11%) e no sul de Moçambique, tanto na região de Gaza quanto de Maputo.


Swazi ->  os Swazi possuem um estado independente encravado na África do Sul (Swazilandia). Contam com uma população total de 3.5 milhões de pessoas, sendo que mais ou menos 1 milhão habita a Swazilandia.

Ndebele -> etnia que conta com uma população em torno de 700 mil pessoas, concentradas em sua maioria no região de Pretoria (Gauteng). Como para outras etnias, esta durante o regime do apartheid possuía um estado autônomo no que hoje é parte da província de Mpumalanga.
As mulheres lembram as "mulheres girafa" da Tailândia,
 pois usam colares em forma de aro no pescoço, bem como nas pernas e braços.


Doenças na Africa


         Algumas das doenças presentes na África, como a malária, que tem na região 90% de todas as mortes causadas por si, podem ser prevenidas e são curáveis, mas continuam causando mortes devido ao limitado acesso aos cuidados sanitários. Já a Aids, que infecta 30 dos 800 milhões de habitantes africanos e um terço das pessoas portadoras de todo o mundo, poderia ser prevenida se o governo se voltasse mais para a educação e informação da população.
         A ONU alerta para a vulnerabilidade das mulheres africanas diante da doença. A maioria delas contrai o vírus em idade inferior à dos homens. A média de infecções com o HIV no continente é de 36 mulheres para cada dez homens. Em 2005, das mais de 17 milhões de portadoras no mundo, mais de três quartos viviam na África subsaariana.


Tráfico de pessoas na África

                 
O continente africano está se tornando um "hipermercado" de mulheres e crianças, traficadas aos milhares para abastecer a "indústria do sexo" da Europa, da América e da própria África. Nos circuitos de prostituição da África do Sul é possível encontrar meninas de quatro anos.
De acordo com a UNICEF, a situação é particularmente grave na África Ocidental e Central, onde todos os anos são traficadas cerca de 200 mil crianças. Só na África Ocidental, aproximadamente 35 mil crianças e mulheres entram anualmente nos circuitos da prostituição. Os principais importadores são a Europa e o Médio Oriente, mas o "comércio" no interior do continente está aumentando com a África do Sul..

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

 DIFERENTES OLHARES SOBRE A ÁFRICA



O MEIO AMBIENTE AFRICANO

O continente africano é repleto de diversidade. Esta afirmação também é válida quando falamos em relação aos aspectos naturais da África.
Vamos conhecer de forma compacta e objetiva mais sobre esse continente cheio de paisagens deslumbrantes.

                          

A maior parte do relevo africano é formado de planaltos elevados, sem variações significativas.

         


Sendo um  continente dominado por desertos nas faixas sul e norte, a África não possui muitos rios. Observar mapa ao lado.
Alguns  rios são extensos e volumosos, outros nem tanto, isso depende da área em que  se localiza .
O Rio Nilo, que se localiza a nordeste do continente, é o segundo maior  rio do mundo, com extensão  superior a 6.500 km.



          
                                 
A África posssui grande diversidade de formações vegetais.  Essa diversidade é visível sobretudo,  em relação aos aspectos morfoclimáticos,  em que desertos extremamente áridos se alteram com savanas ricas em pastagens e florestas úmidas cortadas por rios caudalosos. 



Quase três quartos do continente estão situados na zona intertropical da terra, apresentando,  por isso,  altas temperaturas com pequenas variações anuais.
Distinguem-se na África os climas equatorial, tropical, desértico e mediterrâneo .
O clima equatorial - quente e úmido o ano todo, abrange parte da região centro-oeste do continente .
O tropical quente com invernos secos domina quase inteiramente as terras africanas, do centro ao sul,  inclusive a ilha de Madagascar 
O clima desértico, por sua vez, compreende uma grande extensão da África,  acompanhado dos desertos do Saara e de Calaari .
O clima meditarrâneo manifesta-se em pequenos trechos do extremo norte e do extremo sul do continente, apresentando-se quente com invernos úmidos .



quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Olhar Humano - África

 

O contraste da pobreza e riqueza também é muito visível por toda sua extensão continental, sendo caracterizado principalmente pelas péssimas condições de vida em muitos países.
O termo “berço da humanidade” é dado em razão da África abrigar uma das civilizações mais antigas e intrigantes do globo, os egípcios, que formaram um poderoso “império” a 4 mil anos atrás.
Portanto, toda essa riqueza cultural e natural existente no continente, torna a África um espaço muito particular. 


 Aspectos Sócioeconômicos 


Ao observar o continente africano pela sua ocupação ao longo dos anos, classifica-se a África em duas regiões: África “branca” (cultura árabe) e África “negra” (culturas locais).
É possível destacar a própria cor da pele dos africanos nessas duas regiões: os descendentes de árabes possuem uma tez clara, em grande parte, enquanto que os africanos relacionados com as culturas tribais já têm uma cor mais negra.
Sendo assim, a África vem a ser o resultado de anos de ocupação e influência das mais diversas culturas do mundo que remodelaram e transformaram seu continente num espaço diversificado e muitas vezes carente de recursos econômicos, por outro lado, suas belezas naturais são únicas e, por enquanto, estão permanentes em todo seu território.

Agropecuária e Agricultura


A produção agrícola africana, que antes do período colonial estava organizando para atender as necessidades alimentares de seus habitantes, foi substituída, em boa parte, pela agricultura comercial de exportação. Assim, a agricultura na maioria dos paises africanos passou a ser praticada de duas formas: de subsistência e comercial ou de plantation.
Os principais produtores assim cultivados são: a mandioca, o arroz, o milhete, o inhame e a batata.
As principais áreas de criação são encontradas na região mediterrânea, nas estepes e savanas do Sudão, na África do Sul e nas regiões as margens dos grandes lagos da parte oriental.
Na África do Sul é encontrado um dos maiores rebanhos de ovinos do mundo, destinados principalmente ao fornecimento de lã para as indústrias locais e para exportação.


Pobreza



África

Urbanização


As cidades mais populosas são: Dacar (Senegal), com 2 milhões;
Abidjã (Costa do Marfim), com 2,8 milhões; Casablanca (Marrocos), com 3 milhões;
Johannesburgo(África do Sul), com 1,5 milhões; Tshwane (Ex-Pretória, África do Sul), com 4,7 milhões; Cairo (Egito), com 10 milhões; lagos ( Nigéria), com 11 milhões.
Alem do processo de favelamento,a maioria das cidades africanas apresentam vários e graves problemas, como deficiência nas redes de água e esgoto, nos sistemas de transportes urbanos, na coleta de lixo etc.
Para tentar promover a interiorização do desenvolvimento e com isso melhorar a organização territorial, a Costa do Marfim e a Nigéria decidiram construir novas capitais, mais interiores, porém em áreas bem servidas por meios de transporte e comunicaçãoYamoussoukro, na Costa do Marfim, e Abuja, na Nigéria, são as novas capitais.